
Não sei como chorar,afinal tenho plena certeza de que essa agua jogada ao ar foi minha culpa,e assim como todos deveriam fazer (e eu faço) eu reconheço meus erros.Pude ver a agua sendo jorrada ao ar,sem nenhuma intenção,sem nenhum objetivo...Todos perderíamos,todos perdemos por alguns minutos.Joguei tão alto que pude sentir gotas de lágrimas escorrendo rosto abaixo,com o sabor salgado de sempre,porém,com uma pitada a mais de culpa,de remorso,de infelicidade pronta para desabrochar.Porque esses sentimentos são assim,como flores : Há sempre um botão,um vestígios delas,e quando você menos quer ou merece,elas aparecem,perfumando - nos com o ar de aviso que algo está por vir,enfim...Talvez estejamos todos errados,talvez temos o controle sobre esses sentimentos e quando queremos,eles aparecem.Mas,ontem eles não eram flores,eram espinhos.Desciam correndo,esmagando meu coração.A dor esteve comigo esse tempo todo.Mas com um pouco de egoísmo que tenho,deixei que a lágrima escorresse,deixando marcas na maquiagem mal feita,me senti humana.Gosto da dor.E a agua continuava ao ar,pronta para ser absorvida pela grama,quando caísse.Mas em poucos segundos pensei,racionei,impus minha razão.Já não era tarde demais.A água que esteve uma vez no céu, estava no chão,e a esperança me pintou por inteiro...Não seria mais necessário qualquer explicação,qualquer tipo de remorso.Guardei o meu botão de flor chamado "infelicidade" e dei o braço a torcer.Sequei as lágrimas,tirei a maquiagem,e dei as costas.Já me mediquei contra qualquer tipo de desperdício.
Vou Viver!
"O seu coração então encheu-se de cor...
e ela não quis mais chorar."