terça-feira, 7 de setembro de 2010
Não sabemos namorar...
Você não conhece a si mesmo, assim como eu.
Pra que nos conhecer por inteiro? Quanto mais nos conhecemos,mais nos limitamos.Quando tentamos nos focar no que somos e nos diferenciar do que fomos e das pessoas que não admiramos,perdemos nossa humanidade de nos DESCOBRIR.São idéias,claro! Mas o que seriamos de nós sem as idéias? Somos aquilo que pensamos,que idealizamos.Então,preze a idéia que somos inconstantes, mutáveis e que não nos conhecemos por inteiro.Não se defina,não se limite. VIVA! Não há vida sem erros,sem experiências.E quem passou ileso por essas experiências,perdeu uma preciosidade: A JUVENTUDE.
“Escreverei com cuidado para que esse meu instante de pura mágica não cause espanto ou seja mal entendida.”
“Nesse ar que inspira entra-lhe pelo peitos e seus olhos já não contemplam sonhos longes.” Rubem Braga - Sobre o inferno*
Eu me espantava com a paz que sentia.Não existiam males ou maldições em cima de nós.Éramos eu e ele,como honestamente deveria ser,sem que a minha ignorância ou medo nos impedissem.Suas mãos eram grandes,via seus traços e seguia os movimentos de seu rosto,que nunca desviava-se de mim.Os aspectos mais difusos de minha mente não atrapalhavam esse momento mágico,e os impecílios se dissolveram quando o beijei.Não sentia o peso das decisões nem a pressão excessiva de sucesso.Eu era aceita,eu era bonita e amada,independentemente do meu passado. Jamais vivi esse momento se não em sonhos,e se esse fosse mais um deles,não me importaria,pois acordaria sentindo-o,como muita das vezes faço. Mas estava convicta de que não era. Tudo estava bem, tranquilo,e não era o final de algo.E não precisava me preocupar com o final,pois o próximo abraço estava por vir. Não me cansava.Foi então que ponderei meu lado ridículo e escondi a máquina de desejo de sucesso que sou.Me tornei virtuosa,sem impossibilidades,sem o auto-controle.Vivi pela emoção.Peço incessávelmente que isso se repita.E POR Não poDER explicar é que me conforto.