
A boca já não tem mais o gosto de tutti-frutti. Acordei com o pescoço dolorido, dormi de mal jeito. O meu travesseiro fino se amassa na cabeceira, o de apoio dorme acidentalmente no chão.Os olhos não brilham tanto assim no espelho. O frio na barriga vira uma saudade.Roupas por guardar,uma mistura de perfumes em cada uma delas.O relógio apita novamente, redundante.Já estou de pé. Dormi? Apertei o off, que horas são?. Aonde vou hoje? como se não soubesse.Farei o quê?. Almoçarei correndo? Fome? Leite, café, pão? sem nada, puro, molhado na caneca vermelha? A cama continua desforrada."SUA MALUCA,quer ouvir música a essa hora da manhã? Preciso de melodia. Preciso de poesia. Pego as chaves. Saio.
* Em paz eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante... *